domingo, 5 de outubro de 2008

Modernismo


O Modernismo foi um movimento literário e artístico do início do século XX, que tinha por objetivo o rompimento com o tradicionalismo (parnasianismo, simbolismo e a arte acadêmica). Apesar da força do movimento literário modernista a base deste movimento se encontra nas artes plásticas, principalmente na pintura.
O Modernismo no Brasil criou forças com a Semana da Arte Moderna, realizada em 1922. Porém, antes desse acontecimento, já tínhamos mudanças na cultura brasileira que tendiam para o modernismo, datadas de 1913, com obras do pintor Lasar Segall, e em 1917, com a exposição artística da recém chegada da Europa, Anita Malfatti. Este período ficou conhecido como Pré-Modernismo(1902-1922), onde se destacaram literariamente, Lima Barreto, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato e Augusto dos Anjos, onde ainda podemos notar algumas influências de movimentos anteriores como simbolismo, parnasianismo e realismo/naturalismo.

A partir de 1922, com a Semana da Arte Moderna, tem início a chamada Primeira Fase do Modernismo ou Fase Heróica(1922-1930), que caracteriza-se por um maior compromisso dos artistas com a renovação estética que se beneficia pelas estreitas relações com as vanguardas européias (cubismo, futurismo, surrealismo, etc). Na literatura há a criação de uma forma de linguagem que rompe com o tradicional, transformando a forma como até então se escrevia; algumas dessas mudanças são: a liberdade formal (utilização do verso livre, quase abandono das formas fixas – como o soneto, a fala coloquial, ausência de pontuação, etc), a valorização do cotidiano, a reescritura de textos do passado, e diversas outras; este período caracteriza-se também pela formação de grupos do movimento modernista: Pau-Brasil, Antropófago, Verde-Amarelo, Grupo de Porto Alegre e Grupo Modernista-Regionalista de Recife.
Na década de 30, inicia-se o período conhecido como Segunda Fase do Modernismo ou Fase de Consolidação (1930-1945), que é caracterizado pelo predomínio da prosa de ficção. A partir deste período, os ideais difundidos em 1922 se espalham e se normalizam, os esforços anteriores para redefinir a linguagem artística se unem a um forte interesse pelas temáticas nacionalistas, percebe-se um amadurecimento nas obras dos autores da primeira fase, que continuam produzindo, e também o surgimento de novos poetas, entre eles Carlos Drummond de Andrade.
Temos ainda a Terceira Fase do Modernismo (1945- até 1960). Nesta terceira fase, a prosa dá seqüência às três tendências observadas no período anterior – prosa urbana, prosa intimista e prosa regionalista, com uma certa renovação formal; na poesia temos a permanência de poetas da fase anterior, que se encontram em constante renovação, e a criação de um grupo de escritores que se autodenomina “geração de 45”, e que buscam uma poesia mais equilibrada e séria, sendo chamados de neoparnasianos.

Principais representantes do Pré-Modernismo e do Modernismo no Brasil:
Pintura: Anita Malfatti, Lasar Segall, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Candido Portinari, Rego Monteiro, Alfredo Volpi.
Literatura: Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto, Augusto dos Anjos, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Alcântara Machado, Manuel Bandeira, Cassiano Ricardo, Carlos D. de Andrade, Cecília Meireles, Vinicius de Morais, Murilo Mendes, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Jorge de Lima, José Lins do Rego, Thiago de Mello, Ledo Ivo, Ferreira Gullar, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Olavo Bilac, Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida, Ronald de Carvalho, Ribeiro Couto, Raul Bopp, Graça Aranha, Murilo Leite, Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, Érico Veríssimo.
Música: Alberto Nepomuceno, Heitor Villa-Lobos e Guiomar de Novais.
Escultura: Victor Brecheret.
Teatro: Benedito Ruy Barbosa, Nelson Rodrigues.
Arquitetura: Lúcio Costa, Oscar Niemayer.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sagarana


É um livro de contos de Guimarães Rosa, inicialmente com 500 páginas. Participa de um concurso literário e, ficando em 2º lugar, percebe que o livro é muito grande e vai "resumindo-o", deixando no final com trezentas e algumas. O livo é composto por histórias(contos) que se passam no interior de Goiás, Minas Gerais, e outros estados. Uma particularidade bem interessante de Guimarães Rosa é a criação de neologismos, como "refrio", "desfalar" e também belas frases como "os passarinhos que bem-me-viam", entre outras.
Os 9 contos que preenchem o livro são:
→O BURRINHO PEDRÊS
→ A VOLTA DO MARIDO PRÓDIGO
→SARAPALHA
→DUELO
→MINHA GENTE
→SÃO MARCOS
→CORPO FECHADO
→CONVERSA DE BOIS
→A HORA E A VEZ DE AUGUSTO MATRAGA